– Estás tão bonita,
Maria! – elogiou a mãe, – olhando-me de alto abaixo. – Onde é que foste
desencantar essa túnica brilhante?
E mais um bocadinho...
– Foi o João Pedro que
me deu.
Era de facto linda, a
minha túnica branco-sujo com aplicações de brilhantes, que lhe dava uma
tonalidade cinzenta. Depois, enfiei umas leggings
cinzentas e umas sandálias brancas e prateadas de tacão alto.
– Ai, mãe, estou tão
preocupada com o jantar. E se alguma coisa corre mal?
– O que é que pode
correr mal, filha? Vá, deixa-te de tolices!, vai tudo correr sobre rodas, o
jantar está a ficar uma delícia, a Alice caprichou mesmo, não sai da cozinha, a
pobre coitada!
– E a mesa está bonita,
não está, mãe? A Mónica, imagine, mãe, a Mónica!, foi ela mesma apanhar as
flores e arranjar o centro com dálias e camélias… – Apesar das flores da
Mónica, aquele assunto continuava a preocupar-me: – E se a Madalena faz uma birra?
– Uma birra? Fora de
questão, Maria, ela fica sentada à mesa, bem controlada, entre o Manel e o
Miguel, e sabes como é, basta o pai abrir-lhe os olhos…
– Não estou certa
disso, mãe, a Madalena está furiosa com a história de ter sido despromovida de «menina
das alianças».
A minha mãe deixou-se
cair no sofá. Imagino como tudo aquilo era, para ela, um desgaste enorme… A
cozinha, a mesa, nós os sete, os namorados, o casamento não se sabia quando, e
agora, a juntar a tudo, as possíveis birras da mais nova num jantar de
cerimónia.
Uma Madalena a crescer... Hum... Vai dar asneira, não?
ResponderEliminarPois vai, nós sabemos que sim...
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQuero ler o resto... Deixar assim uma pessoa não é muito justo... Está estupendo! Parabéns! Contando os minutos até ao lançamento do livro!!! Jinhos Joana <3
ResponderEliminarAhahahah........!
EliminarPois, é assim uma maldadezinha...
Um grande beijinho de nós duas!