quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vencedores do passatempo 7 Irmãos 2010

GRAU I (1º Ciclo)
1º Prémio


 «Um dia na vida de Mónica Machado»
Eu chamo-me Gracinha e tenho 13 anos, tal como a Mónica. Conhecemo-nos há dois anos, porque, como sabem, a Mónica tem imenso jeito para andar de bicicleta e foi fazer uma prova (eu também gosto muito de andar de bicicleta e pelo que os meus pais me dizem tenho imenso jeito e fui à mesma prova). A Mónica e eu andávamos ao mesmo ritmo, então íamos falando, achei-a logo simpatiquíssima e ia-lhe perguntando coisas sobre a sua vida e ela sobre a minha. Foi assim que nos conhecemos mas não pudemos ficar grandes amigas porque eu não vivia em Vale de Nabais como ela, mas em Lisboa o que tornava difícil combinarmos algum programa como irmos ao cinema ou dormir uma à casa da outra.
Num dia, quando os meus pais e eu estávamos a decidir onde iríamos passar dois dias de férias de Verão, lembrei-me que podíamos ir para o Vale de Nabais porque, pela descrição que Mónica me fez sobre o vale, era fantástico e só me apetecia ir para lá viver ou passar uns dias de férias. Uma outra razão para irmos ao vale passar estes dias de férias era que eu já estava com muitas saudades da Mónica e queria voltar a vê-la. Se eu fosse para o Vale de Nabais poderíamos combinar montes de programas como eu ir dormir a casa dela e passar lá o dia, irmos ao cinema, andarmos de bicicleta... Nós decidimos que iríamos lá passar estes dois dias. Os meus pais ainda tiveram de tratar de uma série de coisas, como procurar um hotel ou uma casa para alugar, pagá-la, fazer as malas...
Nós conseguimos alugar uma casa de uma tal Clara que a Mónica disse que era amiga da Maria, sua irmã.
Quando tínhamos tudo pronto pusemo-nos a caminho e quando lá chegámos já era noite, desfizemos as malas e fomos dormir. Eu nem tive tempo de ligar à Mónica a dizer que estava no Vale de Nabais.
No dia seguinte, a primeira coisa que fiz foi ligar à Mónica a dizer que estava cá no Vale de Nabais e que tínhamos de combinar algum programa e disse-lhe também qual é que era a casa que os meus pais e eu tínhamos alugado. Vesti-me, tomei o pequeno-almoço, lavei os dentes e fui dar uma voltinha de bicicleta. Foi quando estava a andar de bicicletas que vi uma mensagem da Mónica a dizer que sabia qual era a casa e a dizer que daí a dez minutos estava à porta da "sua casa". Eu voltei para casa e dois minutos depois a Mónica estava lá a tocar à campainha.
Nós começámos a falar sobre imensas coisas (tudo) e depois decidimos que a Mónica ia buscar a sua bicicleta para irmos dar uma volta ao vale e ela ia-me mostrando sítios. Combinámos almoçar em casa dela. Conheci a sua família e eram todos muito simpáticos, vou dizer-vos os seus nomes por ordem decrescente de idades: MARIA; MIGUEL; MÓNICA; os gémeos MARIANA e MIGUEL; MARGARIDA e MADALENA. O almoço foi a minha comida preferida: ovos mexidos, com salsichas e esparguete.
Estivemos depois a falar e a Mónica contou-me coisas sobre o seu namorado, um tal Filipe. Eu até quis conhecê-lo. Então a Mónica ligou-lhe e ele disse que estava com um amigo da BTT e ela também disse que estava com uma amiga de quem gostava muito e que tinha jeito para andar de bicicleta. Combinámos ir a casa do Filipe.
Foi lá que, pela primeira vez, vi o João com o seu cabelo loiro acastanhado e os olhos verdes (é mesmo giro). Nós os quatro conhecemo-nos melhor e eu fiquei com um fraquinho pelo João, mas não me envergonhei e continuei a falar com a maior das naturalidades. Fomos dar uma volta de bicicleta, mas a Mónica e eu deixámos os rapazes ir à frente, para nós falarmos as duas um bocadinho. Eu contei-lhe que tinha um fraquinho pelo João e ela achou muita graça e incentivou-me a falar com ele. Juntámo-nos aos rapazes e eu perguntei onde é que ele morava e ele disse-me que morava em Lisboa. Eu fiquei mesmo contente por ele morar em Lisboa, porque assim podia vê-lo e ficar mais amiga dele. A Mónica quis falar com o seu namorado e ela disse-me que o Filipe lhe tinha dito que o João também tinha um fraquinho por mim. Então o João e eu tivemos uma conversa a sós e ele disse-me que estava a começar a gostar de mim e eu disse-lhe o mesmo e tivemos uma longa conversa.
Depois de passarmos por casa para tomar banho fomos todos juntos jantar fora a um restaurante de pizzas, pequeno e muito acolhedor, mesmo em frente à casa da Mónica.
Os rapazes eram muito bem educados, deixavam-nos passar à frente, empurravam as nossas cadeiras, só se serviam depois de nós, enfim, uns príncipes (e nós uma princesas, claro!).
Fartámo-nos de contar piadas e histórias engraçadas e no fim eles fizeram questão de pagar a contar: uns verdadeiro cavalheiros.
Íamo-nos despedir quando a Móica teve a ideia de irmos ao cinema, só que era um bocado longe. Por sorte o pai da Mónica ofereceu-se para nos levar, depois de ser convencido por ela.
O filme não era nada de especial mas eu estava a adorar porque fiquei ao pé do meu "love" e estivemos de mão dada quase o tempo todo.
Aconteceu depois uma coisa muito estranha: a meio de uma cena de romance, comecei a ouvir ao longe a voz do meu pai. Olhei para o lado e não vi nada. Tentei voltar a concentrar-me no filme )e já agora na mão dada) quando ouvi com muita clareza o meu pai a dizer-me para eu acordar que já era tarde para ir para a escola e que eu não podia ficar acordada até tão tarde a ler "Os Sete Irmãos".
NÂÂÃÂÃÂOOOOOOO!
Maria da Graça Madeira Rodrigues, Lisboa


 2º Prémio
«Eu no corpo da Mariana»
Uma dia estava eu na rua quando a Mónica me disse:
- Olá, Mariana!
Eu achei estranho e então, fui ver-me ao espelho e estava com o corpo da Mariana... por magia!
Para ela foi bom, eu subi-lhe as notas e fui declarada a melhor da turma, por ela...
Eu achava que ela me tinha baixado as notas, enquanto, estava no meu corpo, mas não, ela estava a ter boa atitude, finalmente. Sei isto porque ela passou por mim e disse-me.
Mas de repente eu senti uma mudança em mim, comecei a sentir o que ela sentia e comecei a portar-me mal...
A irmã mais nova da Mariana, a Margarida, chateou-me e eu disse assim para os pais da Mariana:
- Posso levar a Margarida a passear?
- Claro, tu estás a portar-te bem.
Então, eu deixei a Margarida sozinha na rua e fugi. Os pais da Mariana foram procurá-la por toda a parte mas não a encontraram em nenhum  sítio, então, foram à polícia e lá estava ela sã e salva...
Depois ela disse-me:
- És parva ou quê, qualquer dia matas-me!
E eu ouvindo estas palavras enfiei-a na cave e depois dei a chave aos vendedores. Os pais da Mariana descobriram que fui eu e depois, foram pedir aos vencedores da chave e eles disseram que não, então, eu com a minha mesada tive de pagar a chave da cave, da casa da Mariana (é claro que ninguém sabia que eu e a Mariana tínhamos o corpo trocado).
No dia seguinte fui ver se já era eu mesma, mas continuava com o corpo da Mariana, e decidir ir a minha casa fingindo que era a Mariana.
E disse:
- A Maria está?
- Está sim, Mariana! - Responderam os meus pais não sabendo que era eu.
Então, eu falei com a Mariana. E disse:
- Temos que resolver este assunto, já! A tua irmã Margarida é muito chata e eu estou farta dela. Eu quero voltar a ser a Maria!
- Então temos uma missão para cumprir! Disse ela muito animada, pois gostava muito de missões secretas.
- Sim, mais ou menos. Temos de descobrir o que é isto! Pronta?
- Sim!
- Uma por todas e todas por uma! - Dissemos em conjunto.
E aí fomos investigando o que se passava.
Eu disse:
- Queres criar um cumprimento secreto?
- Claro! Então pode ser assim: damos uma volta e depois mandamos um beijinho e levantamos a perna, suavemente.
- Vai ficar bonito, esse cumprimento secreto. Mas agora vou pedir à tua mãe, ou seja, a minha mãe, que nos compre óculos pretos, roupa preta e botas pretas para parecermos mesmo agentes secretas.
- Está bem! - Disse a Mariana.
Então, eu fui pedir à mãe da Mariana:
- Mãe podes comprar óculos pretos, roupa preta e botas pretas para mim e para a Maria?
- Posso, vou já agora.
Então, a mãe da Mariana foi comprar o que eu lhe pedi. E deu-me e eu disse:
- Pronto já está. Foi fácil.
- Está bem! Vamos passar à porte dois do Plano A. Então agora vamos ter com o cientista mais experiente do mundo. Saber como se pode voltar ao normal!
- Isso mesmo!
- Uma por todas e todas por uma! - Dissemos em coro.
E lá fomos nós falar com o cientista mais experiente do mundo.
Ele disse:
Para voltarem ao normal eu tenho aqui uma coisa tipo xarope, ainda não inventei um nome. Venham comigo vão bebê-lo.
- Ainda bem, queria mesmo mudar! - Disse eu.
- Ho! Já não vamos investigar? Disse a Mariana, triste.
- Não, mas podemos brincar às investigações.
E assim começamos a brincar às investigações.
E já estávamos na nossa condição normal, que maravilha!
Ninguém descobriu que nós tínhamos mudado de corpo, a não ser nós.
De repente, a Mariana disse:
- Vamos à piscina com a Mónica e a Maria, elas perguntaram se queríamos.
- Sim, eu vou! - Disse eu.
Então, lá fomos nós, para piscina.
- Passa a bola, Mariana! Disse a Mónica.
- Toma - Disse a Mariana.
E eu disse:
- Vou dar um mergulho.
E de repente, ouviu-se um barulho:
- Splash!
Era eu, dei um mergulho e, foi dos grandes por isso é que fez muito barulho!
Ao nadar na piscina não parava de recordar toda aquela grande aventura que eu e a Mariana vivemos.
E desde então, a Mariana nunca mais se portou mal, subiu as notas, nunca mais trancou a Margarida em qualquer lugar e nunca mais aconteceu aquela coisa esquisita de andarmos a trocar de corpo. E assim, acaba a minha aventura e a da Mariana...
Maria Neves Godinho, Lisboa


GRAU II (2º e 3º Ciclos)

 1º Prémio
«Um dia na vida de Mónica»
Um raio de luz entrou no quarto da Mónica, acertando-lhe em cheio na face, o que a despertou. Os pais tinham-na deixado dormir até mais tarde, visto que o dia anterior tinha sido muito cansativo devido à viagem de regresso do campo de férias.
Estremunhada, levantou-se e reparou que eram já onze e meia. Tão tarde! Já deviam estar todos bem acordados, e ela ainda de pijama... Como já estava atrasada para o pequeno-almoço, vestiu-se rapidamente e, passados poucos minutos, já estava na cozinha.
Apesar de já não estar lá ninguém, a Mónica encontrou uns pãezinhos em cima da mesa, que logo devorou. A noite, para além de bons sonhos, também lhe tinha trazido muita fome!
Enquanto tomava o seu pequeno-almoço atrasado, lembrou-se dos acontecimentos dos dias anteriores. Ainda nem acreditava no que lhe acontecera... O Filipe, a montanha e o coelhinho dentro da cestinha não lhe saíam da cabeça. Ai, o Filipe... Era ele que lhe ocupava todo o pensamento, e que a fazia sonhar acordada.
Embrenhada nestes pensamentos, reparou num bilhete amarelo colado no frigorífico:
«Bom dia, dorminhoca! Eu, o pai, a mãe, assim como o resto da 'tropa', vamos dar um passeio até ao parque. Somos capazes de almoçar por lá, por isso quando estiveres pronta vai ter connosco.
Miguel

P.S.: Deixei uns pãezinhos em cima da mesa, caso te dê fome antes do almoço. São daqueles amanteigados que tu costumas gostar...»
 Sorriu com a ternura e a atenção do irmão. O Miguel sempre tinha sido seu companheiro, e sempre a compreendera melhor do que qualquer outra pessoa. Ele não era apenas o seu colega de equipa no futebol, ou o "macho" lá de casa. Era muito mais do que isso... Era o Miguel que adivinhava o que lhe ia no pensamento, e que falava com ela sem precisar de pronunciar uma única  palavra.
Dirigiu-se para o seu quarto. Pegou no telemóvel e num boné, não fosse o Sol pregar-lhe uma partida, e, depois de constatar que o irmão tinha levado o Mister, pegou na cestinha com o coelhinho branco lá dentro e saiu de casa.
Ao chegar à rua sentiu a brisa quente do Verão roçar-lhe no rosto. Há muito tempo que não se sentia tão livre! Talvez fosse do calor matinal, que vinha acompanhado de uma rajada de liberdade incondicional.
Ou não. Também poderia ser pelo sentido que a vida lhe dera. Sempre sonhara com aquele momento, e, agora estava a vivê-lo, sentia que ele não poderia ser melhor. A sua vida tinha um cheiro a ternura e um sabor que ela desconhecia, mas que parecia ser típico da felicidade. Mas tudo tinha acontecido assim, daquela forma, porque lutara por isso. Ninguém o fizera por ela; ninguém tinha encontrado as cores do seu arco-íris e pintado o seu caminho. Fora ela.
Chegou, finalmente, ao parque. O chilrear dos pássaros fazia daquele local o mais desejado em dias quentes como aquele. Avistou, ao longe, a sua família. A Maria foi a primeira a vê-la, e logo lhe acenou. Mónica começou, então, uma corrida desenfreada em direcção a ela.
- Então, Mónica?! Isso é que foi dormir!
- Olá, maninha! Já almoçaram? - respondeu a Mónica, passando completamente ao lado da provocação da Maria.
- Ainda não, estávamos à tua espera. Vamos ter com os pais!
Chegando-se mais perto da família, Mónica disse um "olá" a todos e, depois de um enorme esforço para reunir toda a família, foram para a esplanada do restaurante do parque. Mandaram vir umas pizzas que, como é natural, agradavam a todos os membros da família Machado. Até a pequena Madalena se lambuzou toda com a sua pequena fatia, enquanto o Manuel e a Mariana faziam um concurso para ver quem conseguia comer mais pedaços da deliciosa pizza.
Acabada a refeição, a Mónica levantou-se e foi-se sentar num banco mais à frente, enquanto acarinhava o coelhinho branco e via o Mister correr por todo o parque. Como já não estava habituado a frequentar aquele local, sabia comportar-se sem sair do recinto. Foi então que reparou no Miguel, que, entretanto, se tinha sentado ao lado dela.
- Miguel! Nem te tinha visto... - surpreendeu-se a Mónica.
- Pois, claro. A pensar no Filipe, como já é habitual... Não me podias ver!
- Por acaso nem estava a pensar nele agora... - ripostou a Mónica, corando ligeiramente.
- Exacto, foi mesmo só por acaso! - e, olhando em volta, anunciou - Olha,  eu vou ali ter com a Maria e levo o coelhinho branco. Acho que aqui estamos a mais...
- Hã? De que estás a falar?
De repente sentiu alguém a pousar as mãos nos seus ombros. Olhou para trás e viu que era o Filipe. Sorriu por dentro. Uma onda de felicidade inundou-lhe o peito.
- Olá, Mariana! Por aqui? Pensava que estavas em casa!
- Olá. Vim almoçar com a minha família - e apontou para a esplanada, onde se via a Mariana e o Manuel a guerrearem pela melhor cadeira e a Teté a tentar adormecer a pequena Madalena, que esperneava no colo quente da mãe. Mais ao lado, vilumbrava-se a Margarida e o pai dos sete irmãos a correr atrás do Mister. Este tinha na boca um guardanapo de pano do restaurante que, acidentalmente, caíra da mesa e não escapara ao seu olhar atento. Sentados num banco e alheios a tudo o resto, Miguel e Maria falavam alegremente.
- Sempre que há um almoço de família o ambiente é assim tão agitado? - perguntou o Filipe que, entre gargalhadas, se sentou ao lado da nova namorada.
- É... Por isso não estranhes... - e, fazendo uma pausa, propôs - E que tal se fossemos dar uma volta pelo parque?
- Acho que era uma boa ideia. Na verdade, não vim ao parque fazer nada de especial, apenas passar uma tarde descansado. Mas, agora que estou contigo, sinto-me com muita mais vontade de estar aqui...
Mónica, enternecida com a declaração do namorado, encostou a sua  cabeça ao ombro dele. Assim ficaram uns quinze minutos, que para eles mais pareceram poucos minutos. Sabia tão bem estar na companhia um do outro... O tempo passava a voar, e quando se separaram a única coisa que queriam era que voltasse depressa o momento de estarem juntos. Mesmo antes de se tornarem namorados, adoravam estar um com o outro, e passavam tardes inteiras a conversar sobre BTT... e sobre eles mesmos. Sem darem conta, tinham revelado muito de si um ao outro enquanto foram apenas amigos. Bons amigos. Filipe olhou Mónica nos olhos e perguntou:
- Vamos?...
A rapariga levantou-se devagar. Deu um beijo ao namorado e entrelaçaram as mãos num gesto de imensa ternura. Filipe tirou-lhe o cabelo da frente da cara e lançou-lhe um olhar que só mesmo ela conseguia decifrar. Enquanto iam andando, Mónica acariciou-lhe a face e segredou-lhe ao ouvido, numa voz que só ele entendia:
- Quero estar contigo para sempre, pois tenho a certeza que nunca me vais deixar sozinha apenas com lembranças invisíveis. Não me vais desiludir, disso tenho a certeza, e sei também que me vais ajudar a traçar o meu caminho com as cores mais belas do mundo...
Filipe parou de repente. Virou-se para a namorada e, na voz mais carinhosa que ela alguma vez tenha ouvido, questionou-lhe:
- Já alguma vez te disse que te adoro?
Rafaela Morais Ribeiro
Barroselas



2º Prémio (in exequo)
«Um dia (nada vulgar) na vida de Mónica
Os primeiros raios de Sol da manhã de Maio entravam pela janela do quarto que Mónica partilhava com as suas irmãs Maria e Mariana. Apesar da cama onde Mónica dormia não ser aquela a que estava acostumada, a cama do hotel onde se encontrava em Paris era bem confortável. Talvez por isso, ou devido ao cansaço da viagem do dia anterior, ela tinha passado uma noite excelente. Levantou-se de um salto, depois de acordar com uma lambidela de Mister que lhe fez cócegas no pé, e dirigiu-se para a janela. Ainda nem conseguia acreditar que estava ali, em Paris! Era maravilhoso! Os pais tinham-na levado ali, assim como aos irmãos, em jeito de despedida a Maria, que ia estudar para a América... Mónica ia, certamente, sentir muito a sua falta.
Bem, mas aquele dia ia ser o máximo! Era o dia em que iam à Disneyland e de certeza que iria ser fantástico. Só tinha pena que a Carlota e a Sofia não estivessem ali... Ah, e o Filipe, claro...
Bem, depois de um duche rápido e de se vestir (uma roupa desportiva e confortável), Mónica encontrou-se com o resto da família e tomaram o pequeno-almoço. Croissants, claro!
Já na Disney, depois de uma hora e meia na fila para entrar, começou a diversão! Começaram por andar numa montanha russa em que se "viajava" às escuras! Mónica costumava ter medo do escuro, mas ultrapassou essa dificuldade com ajuda do Filipe, o seu namorado. O mais engraçado era ver as fotografias à saída, com as expressões faciais que as pessoas faziam durante o percurso... O resto da manhã passou-se entre divertimentos, fotografias e encontros com personagens dos seus filmes favoritos. No entanto, depois de almoço, algo estranho aconteceu... Muitos pais, preocupados, chamavam pelos filhos que tinham acabado de desaparecer! As autoridades começaram as buscas e ninguém pôde sair do parque temático. Até o exterior da Disneyland estava a ser passado a pente fino. A sua própria irmã Margarida tinha desaparecido! O pânico estava instalado e o ambiente estava uma confusão! Todos estavam preocupadíssimos... A Mónica não podia deixar de tentar ajudar! Acima de tudo, ansiava encontrar a sua irmã mais nova. Não havia notícias de que tivesse sido encontrada alguma pista fora da Disneyland e a Mónica tentava encontrar um local por onde pudesse começar a procurar. Ao fim de algum tempo comentou com o Miguel:
- Olha lá, o que os senhores das buscas comunicaram foi que estavam a fazer buscas por toda a área em volta do parque e que ainda não tinham encontrado nada, não foi?
- Sim. Acho que foi isso. Nem consigo pensar bem de tão preocupado que estou com a Margarida!
- Eu sei... Também estou muito preocupada. Mas eles não deixaram entrar nem sair ninguém assim que se deu a notícia dos primeiros desaparecimentos, pois não?
- Mas, imagina que tinham sido os próprios raptores a dar o alarme de que havia crianças desaparecidas antes de terem raptado qualquer criança... deste modo, quando as buscar foram feitas no interior da Disneyland, as crianças ainda estavam junto dos pais... Talvez elas só tenham
sido raptadas quando as buscas passaram para o exterior... O que achas?
- É uma hipótese... - Concordou Miguel. - Vamos procurá-las aqui no parque, então.
E assim fizeram. A Mónica alugou uma bicicleta e começou a procurar por todo o lado, com a ajuda dos seus irmãos e do bom faro de Mister. Ao fim de algum tempo, Mister começou a ladar perto do Castelo da Branca de Neve e os Sete Anões. A Mónica, como era mais rápida e ágil a andar de bicicleta, chegou antes dos irmãos ao local e começou a procurar. O castelo estava praticamente deserto, uma vez que todos estavam no local onde eram transmitidas informações sobre os progressos das buscas. Mónica começou imediatamente a procura alguma coisa que pudesse ser suspeita e ao fim de algum tempo começou a contar os anões que se encontravam no castelo. Curiosamente eram mais que sete... Eram doze, o mesmo número de crianças que tinham desaparecido até o momento! Como o castelo estava escuro e cheio de efeitos especiais, Mónica foi ver os anões de perto e verificou que os seus movimentos não eram provocados por máquinas... Eram até bem reais! Tinha encontrado a sua imrã Margarida e as outras crianças! Agora faltava apanhar quem as tinha raptado.
Com a ajuda da Maria e do Miguel, a Mónica montou uma armadilha, enquanto o Manuel e a Mariana foram avisar os pais e a polícia. Imaginaram uma forma de atrair os raptores: simularam o choro de uma criança, para que eles tivessem que ir ver o que se passava. Depois, ficaram com a câmara do telemóvel a postos para gravar os raptores e poderem entregá-los à polícia. E assim aconteceu! A Mariana e o Manuel fizeram um óptimo trabalho e os raptores foram apanhados pela polícia!
No fim desta aventura, Mónica e os irmãos ficaram a saber que tudo isto era apenas mais uma das imaginativas actividades promovidas pela Disneyland e que tudo fora encenado. Os pais e as crianças escondidas sabiam tudo o que se estava a passar! Era tudo a fingir, para fazer uma espécie de concurso em que ganhava quem conseguisse resolver o mistério mais facilmente. Claro que quem ganhou foi a Mónica e os irmãos pois tinham sido eles a encontrar as crianças. No fim, a Margarida ganhou um prémio por ter ajudado a organização do concurso e a Mónica recebeu um por ter ganho! E não era um prémio qualquer, mas sim uma nova bicicleta de BTT: mesmo a que ela queria!
No fim deste dia especial, a Mónica mal podia esperar para contar tudo às suas amigas e ao Filipe. Para além disso, aprendeu que uma grande surpresa pode aparecer quando é menos esperada e que qualquer coisa pode ser diferente do que anteriormente pensámos ou planeámos!
Ana Neves, Ourém


 Marta Neves, Barroselas

8 comentários:

  1. É um desenho muito interessante. Muitos parabéns !!!

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  2. Pois é! Obrigada por teres deixado aqui mensagem. Bjs

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  3. É lindo
    o desenho estás de parabéns

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  4. O texto e o desenho estão um espectáculo. Parabéns a quem trabalhou nele !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Adoro os 7 irmãos !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  5. Pois, estão!!! Foram umas super-vencedoras!!!
    Um grande beijinho

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  6. Obrigada, as nossas vencedoras bem merecem...
    Beijinhos para ti

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  7. olaeu quero saber quando vai haver o próximo concurso adorei os livros dos 7 irmãos e já agora fui eu que fiquei em segundo lugar...

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  8. Parabens ,Maria! vai haver sim, mas só em Janeiro!
    Muitos beijinhos e esperamos que gostes do novo livro sobre os gémeos!

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